Show do VAMPS em Santiago. Minhas experiências!

1 de dez. de 2010

   
Este texto trata-se de minhas experiências pessoais no Chile, principalmente no que se refere ao show do VAMPS lá, seja pré ou pós-show. Estará carregado de emoções e de muita imparcialidade, afinal é a realização de um sonho para mim e, portanto não vejo porque economizar nesse sentido. Está cheio de detalhes sobre vários dias então quem quer ler só sobre o show é só pular para o dia 06 de novembro. E por último, eu cito as pessoas aqui como se fossem familiares a todos mesmo.  Boa leitura e, obrigado a quem ler:

 (obs: ao se clicar nas fotos é possível vê-las maiores)


03 de novembro de 2010
Um dia antes da viagem. Meu vôo de Curitiba para Guarulhos seria as 06:10 da manhã seguinte o que significava que eu não teria muito tempo para dormir naquela noite. Eu ainda havia passado esse dia estudando para uma prova que teria, ao mesmo tempo em que volta e meia pegava e colocava alguma coisa na mala e na minha mochila já que não queria deixar tudo para última hora. Nem preciso dizer que não conseguia me concentrar no teste já que a ansiedade havia tomado conta. Ainda neste dia a noite, ao mesmo tempo em que arrumava o restante da bagagem e imprimia mais um ingresso virtual por medo de dar algo errado, conversava com o resto do pessoal brasileiro que também iria ao show. Antes de fechar as malas, conferir se estava com os pesos chilenos e dólares aproveitei para tirar a foto abaixo e mais ou menos a 01:00 da manhã, já do dia 4 de novembro fui dormir, ou ao menos tentar. 
Minha mochila e mala, com a bandeira do Brasil, o ingresso virtual e minha camiseta com o logo do AWAKE do L'Arc
04 de novembro de 2010
Eram 02:50 da manhã quando o Bruno do Rio de Janeiro me liga para ver se já havia acordado e para avisar que estava indo para o aeroporto com outras meninas. Saltei da cama no mesmo instante, me sentindo ansioso, mas ao mesmo tempo muito feliz por finalmente ter chegado o momento. Fato é que estava contando o tempo para a viagem há mais de 180 dias e por isso a sensação de “é hoje” era muito estranha. Arrumei-me rapidamente, coloquei minha camiseta com o logo do AWAKE do L’Arc e as 03:15 da manhã já estava pronto para sair de casa, o problema é que minha mãe queria me levar então tive que esperar ela acordar para finalmente sairmos de casa as 03:40. Chegando ao aeroporto as 04:00 da manhã tudo o que encontrei foram pessoas dormindo e alguns zeladores limpando o chão. Aparentemente o check-in só começava as 04:40 e por isso eu tive que esperar e aproveitei para tirar algumas fotos e coisas assim. O Bruno do Rio de Janeiro, que já citei, me ligava então de vez em quando colocando as meninas para falarem comigo também para passar o tempo. Depois já no avião troquei umas últimas mensagens com ele antes de ser obrigado a desligar o celular. Dali a pouco mais de uma hora iria conhecer pessoalmente as pessoas que passei a conversar por causa dessa viagem, e algumas delas inclusive, como a Rina, pessoas que eu conheço desde que sou fã de L’Arc~en~Ciel. Chegando a Guarulhos fiquei impressionado com o tamanho daquele aeroporto e fiquei totalmente perdido. Mandei uma mensagem pra Rina que respondeu para encontrar com o pessoal de São Paulo lá perto do McDonald’s. Ao encontrá-los a primeira de várias das minhas realizações nessa viagem também começou, era a primeira vez que eu encontrava alguém que conheci pela internet. Esperei o pessoal fazer um lanche para irmos então para o embarque para Santiago que já estava em cima da hora. Primeiro erramos qual seria o portão de embarque e andamos um tempão para o lado errado para depois voltar e achar o local certo. Ao entrar no avião eu já me impressionei porque nunca tinha entrado em um avião tão grande e pouco mais a frente encontrei o Bruno, Iara e Natália, pessoas que também iriam ao show. Também lá conheci o Andrey, mesmo não o reconhecendo logo de cara, e o amigo dele, Salgado. A partir daquele momento em breve uma segunda realização inédita se concretizaria, minha primeira viagem internacional. Tão logo o avião decolou, conversei um pouco com o Felipe sentado atrás de mim e com o Andrey e o Salgado a frente e depois resolvi assistir um filme, afinal seriam três horas e meia de viagem até Santiago, três horas e meia para estar realmente perto do VAMPS, principalmente do HYDE. Escolhi assistir Toy Story 3 que já havia assistido no cinemax. Escolhi um filme que já havia visto porque realmente não conseguia prestar muita atenção, embora eu admita que tenha chorado no final, exatamente como no cinema. Volta e meia algumas das pessoas se levantavam das cadeiras e conversávamos um pouco, mas eu estava sentado na janela por isso era difícil eu me locomover. Depois de cerca de duas horas e meia de viagem a parte que eu mais esperava chegou, a linda cordilheira dos Andes. E aqui a minha terceira realização inédita, ver neve ao vivo pela primeira vez. É do avião, é verdade, eu não cheguei a tocar, é verdade, mas eu fiquei emocionado. E as montanhas eram tão lindas, até mesmo a senhora alemã sentada ao meu lado que não abria a boca para nada se virou para mim e exclamou “nice” ao qual respondi prontamente “very nice”. Depois de admirar os Andes um pouco começou uma turbulência um pouco forte que deu uma boa sacudida no avião e inclusive até me levou a pensar “não acredito que vou morrer aqui sem ver o HYDE”, mas no final chegamos são e salvos em Santiago! Embaixo algumas fotos:



Fotos: Felipe e eu (na frente) / Painel na tela a frente que mostrava nosso percurso / A Cordilheira dos Andes / O momento em que o avião pousou em Santiago.

A sensação de quando o avião pousou em Santiago é indescritível, não só porque havíamos chegado, mas porque eu sabia que o HYDE estava ali num raio de uns 30 km ou menos, afinal o VAMPS desembarcou pela manhã. Já dentro do aeroporto tínhamos de passar pela alfândega e já lá encontramos na fila umas Argentinas muito simpáticas que também estavam ali por causa do show. Elas nos reconheceram primeiramente porque eu estava com a camiseta do AWAKE e o Bruno com a linda camiseta do Street Team do VAMPS que mandamos fazer especialmente para o show. Reparei que elas ficavam apontando pra minha camiseta até o Bruno ir lá falar com elas, já que ele era o único que falava Espanhol no grupo. Permitido nosso ingresso no Chile fomos procurar os serviços de vans do aeroporto, mas não sem antes passar por um monte de pessoas com placas de “taxi” na nossa cara, coisa que nunca vi no Brasil. O impacto de ver tudo escrito em Espanhol e das pessoas apenas falando nessa língua a nossa volta inicialmente foi bem forte, foi um baque inicial de que realmente atravessei o continente e estava ali. Foram necessárias duas vans para nos levarem e nesse percurso fomos conversando com o motorista, o primeiro dos muitos Chilenos simpáticos que conhecemos. Ele perguntou sobre a razão de nossa visita, falamos de VAMPS e tudo mais, ao mesmo tempo em que eu ia observando pela primeira vez como era Santiago. Foi nessa hora também que eu pensei que estava em uma área de risco de terremotos, e, portanto minha quarta realização inédita, embora essa não seja lá muito interessante. Ao chegar ao hotel conheci o quarto quádruplo que eu ficaria com o Bruno, Niki e Rafa (que chegaria somente à noite) e depois todos juntos fomos procurar algum lugar para comer, mas não sem antes passar em uma casa de câmbio para pegar uns pesos Chilenos. Sendo próximo das 16:00 nós resolvemos comer em qualquer lugar mesmo, e encontramos um restaurante em uma galeria próxima. Lá já descobrimos que o refrigerante no Chile é muito mais barato que aqui, além de concretizar uma quinta realização inédita, tentar me comunicar com alguém de outro país mesmo sem saber a língua e mesmo sendo de modo meio tímido no começo. Terminado nosso almoço demos um passeio ali pelo centro da cidade para conhecer um pouco mais e decidir o que faríamos naquela tarde. Em dado momento passamos então pelo mercado central que tinha um cheiro horrível de peixe. Foi ali que tive outro grande impacto. Enquanto o pessoal estava ali conversando e tudo mais, um Chileno se aproxima de mim e do Felipe que já estava usando a camiseta escrita “Brazilian Street Team” com o logo do VAMPS “abrasileirado”. Após dizer várias coisas que não entendemos absolutamente nada ele apontou para a camiseta do Felipe e disse “skateboard?” Obviamente respondemos que não e foi quando tomamos um susto ao ele dizer algo que não entendi também, mas que foi possível distinguir palavras como “musica, banda japonesa, teatro Caupolican”. Na hora já ficamos perplexos e sem saber em como ele sabia quem era o VAMPS, mas daí reparamos num brasileiro que trabalhava ali e que nos disse que o VAMPS havia estado ali para comprar coisas umas horas atrás!! Acho que foi nesse momento que a ficha começou a cair, o HYDE estava ali, nós estávamos ali! Nem preciso dizer que tiramos foto no local e depois ficamos imaginando que lugar o HYDE iria em seguida. Decidimos ir para um morro onde havia um mirante com uma linda vista para a cidade (eu realmente não lembro o nome do morro, desculpe) porque mesmo que não encontrássemos ninguém lá, era um local de interesse para todos. Pegamos o metrô para lá, e começamos nosso fim de tarde com uma linda visão da cidade lá de cima. Além de falarmos de L’Arc e VAMPS lá no topo, coisa que eu nunca tinha feito ao vivo com alguém antes, então considero esta minha sexta realização inédita.



Fotos: Parte do pessoal Brasileiro no mercado central / Santiago vista do alto. / Mais uma foto com a gente.

Estando todos bem cansados decidimos comer no hotel mesmo e para isso eu, Bruno, Salgado e Sara fomos num supermercado próximo comprar mantimentos. Voltando para o hotel esperamos o resto do pessoal e fomos para uma sala onde poderíamos conversar e comer a vontade. Nesse meio tempo a Rafa e Koi chegaram ao hotel e finalmente pudemos conhecê-las, além de ouvirmos da Koi que ela ficou a menos de um metro de distância do HYDE no aeroporto, já que ela chegou dias antes de nós! Soubemos também que provavelmente haveria passagem de som no teatro Caupolican, local do show, no dia seguinte, o que acabou por decidir definitivamente o que faríamos no dia 05, iríamos para o Caupolican para tentar ver o VAMPS ao menos entrar no local! 

05 de novembro de 2010
Cerca de 09:00 mal tomamos café e fomos ao teatro Caupolican andando. Ele ficava a cerca de 2 km do hotel em que estávamos e levamos pouco mais de meia hora para chegar até lá. A área ali é de muito comércio e é uma rua bastante movimentada. Ao chegar lá já nos deparamos com pessoas na fila e que estavam dormindo lá fazia dias! Aproveitamos para conhecer alguns deles, e sentamos com um grupo de Chilenas bem simpáticas e que conheciam várias músicas brasileiras. A maioria era música ruim tipo funk carioca ou ilariê da Xuxa, mas eles conheciam até mesmo Paralamas do sucesso e outras bandas. Após um tempo nos mandaram pro final da fila de pessoas que havia lá porque eles iriam distribuir umas pulseirinhas para as quatrocentas primeiras pessoas dizendo que estas poderiam entrar primeiramente no dia do show. Então resolvemos esperar tanto por essas pulseirinhas como para ver o VAMPS chegar. Em dado momento ainda de manhã, eu e algumas pessoas, cansadas de ficar no mesmo lugar, fomos para a frente do Caupolican só para dar uma olhada. Enquanto estávamos ali só observando eis que surge uma van branca e para exatamente na nossa frente. Posso dizer que meu coração parou por um segundo quando a porta da van abriu, porque por um breve momento eu acreditei que o HYDE iria descer dali! Mas no final das contas era o J, que desceu rapidamente por primeiro, seguido por umas meninas carregando buquês de flores e uns Japoneses descarregando com alguns equipamentos, além do Gonzalo, dono da Noix, empresa que trouxe o VAMPS. Passado o susto voltamos a nossos lugares e o sol começou a ficar quente, posso dizer que já estávamos literalmente torrando depois de um tempo. Chegada a hora do almoço encontramos um Pizza Hut ali perto e pedimos quatro pizzas para nosso grupo, entre eles um infeliz (se a pessoa que escolheu esse sabor ler isso, me desculpa) sabor de peperoni com abacaxi, ou algo assim. Durante esse meio tempo nos chega através da Koi a informação de que o KAZ estava dentro do teatro, o que acabou nos deixando curioso sobre o modo que ele entrou ali, afinal não tínhamos notado nenhuma outra entrada fora aquelas naquela rua. Havia, porém, uma entrada para carros atrás que não tínhamos percebido e que obviamente foi por onde ele entrou. Nisso já acabamos perdendo as esperanças de ver o HYDE entrar ali, pois foi ficando tarde. Quando era próximo das 18:00 finalmente se formou uma fila longa para a entrega das tais pulseiras, e ao mesmo tempo em que eles davam elas a nós, Gonzalo também nos entregava uma garrafa de água com gás (alias, no Chile água com gás é mais comum que água sem gás). Satisfeitos em ao menos pegar estas pulseirinhas, a minha sendo de número 166, voltamos para o hotel para nos arrumarmos e irmos a um restaurante Japonês. Já no restaurante pedimos as comidas e para nossa surpresa os dois garçons que nos atenderam, embora Chilenos, sabiam falar português e muito bem. Não entendi direito, mas acho que eles já moraram no Brasil (alguém me disse também que na verdade eles eram Brasileiros, eu já não estou entendendo mais nada). Os pensamentos que passavam pela cabeça naquele momento eram “falta menos de 24 horas para o show” e coisas do tipo. Voltando pro hotel aproveitamos para pegarmos a versão Chilena do BEAST que algumas das pessoas compraram de manhã para todo o grupo e depois fui dormir preparado para acordar as 06:30 da manhã.

Fotos: A van que achei que podia ser com a banda chegando / Parte do grupo na frente do Caupolican. Eu sou a sexta pessoa da esquerda para a direita. / O grupo na frente do restaurante japonês Kintaro (金太郎)

06 de novembro de 2010
E chega o grande dia! O dia que mais venho esperando praticamente o ano inteiro. Ou melhor, um dia que venho esperando há anos! Acordei aproximadamente 06:30 mesmo, tomei um banho, coloquei minha camiseta do Brazilian Street Team e fui para o quarto de uma das meninas onde haveria o café da manhã. De lá peguei um taxi junto com o Felipe, Jéssica e Márcia que já estavam prontos rumo ao Teatro Caupolican! Antes de chegar eu tinha apostado “querem ver que a fila vai ter dobrado a esquina já?” e não deu outra, a fila já tinha virado, e olha que a rua era grande. Mas como nós tínhamos a pulseira nós não precisávamos entrar ali e ficamos reunidos lá na frente mesmo. Logo a Ana, que não tinha pulseira, chegou e ficou um tempo com a gente também. Equipado com uma bandeira do Brasil, minha camiseta do Street Team, meu ingresso virtual uns pacotes de bolacha que comprei de uma senhora que passou vendendo, só nos restava esperar pelo final do dia. Conforme o tempo ia passando o pessoal ia chegando e o local foi ficando cada vez mais cheio de gente. Em um dado momento da manhã staffs da Noix saíram do recinto sagrado do Caupolican e fixaram nas paredes em frente uma lista de produtos oficiais que seriam vendidos no show, além de oferecerem para os fãs que esperavam maça e também biscoitos. Os produtos eram camisetas, pôsteres, bolsas, omamoris (um amuleto da sorte Japonês), leques e munhequeiras. Então um pouco antes do meio dia uma fila de fãs internacionais se formou para que pudéssemos trocar nossos ingressos virtuais pelo ingresso físico para o show. Porém logo após a formação dessa fila se ouviram gritos e muita agitação, e simplesmente todo mundo correu para ver o que era, achando que era a banda chegando ou algo assim. Era na verdade um camera man que estava filmando o pessoal para o documentário do DVD, então todo mundo mostrou o máximo de sua animação, chamando pelo VAMPS, pelos membros, gritando o nome de seus países, e tudo mais. Inclusive houve um momento que todos gritaram “Brasil Brasil Brasil”, inclusive os Chilenos, e em contribuição logicamente gritamos “Chile Chile Chile” também. Terminada toda essa agitação voltamos para a fila para terminar de assinar o banner que iríamos dar de presente. Nisso a Koi se ofereceu para comprar os produtos a venda para nós, já que se todos fossem lá seria uma bagunça e não podíamos sair da fila. Eu resolvi pegar tudo menos o leque porque estava muito caro e eu tinha medo de não ter dinheiro suficiente. E também peguei só um pôster entre os quatro (acho que eram quatro) modelos disponíveis, mas peguei o melhor deles. Chegou então a hora de se trocar o ingresso. Basicamente a gente entrava ali na porta do teatro, dava o ingresso virtual e eles entregavam de volta para nós um ingresso tipo colar bem bonito com a foto clássica da mulher lambendo o HYDE e o KAZ de perfil. Nessa entrada rápida não avançamos muito para a porta de entrada do teatro, mas foi o momento que deu para perceber melhor a passagem de som lá dentro. Quando eu fui pegar o meu ingresso consegui ouvir claramente o comecinho de IT’S SAD, e outras pessoas depois relataram terem ouvido TROUBLE e ANGEL’S TRIP. Depois disso uma das Chilenas que conhecemos lá, Carla, veio almoçar conosco e nos ajudou a pedir pizzas no Pizza Hut novamente. Enquanto comíamos falávamos sobre a diferença entre o Português e o Espanhol, e ela nos ensinava alguns palavrões em Espanhol enquanto o pessoal em volta ficava rindo. Depois do almoço a gente voltou rapidamente para a fila das pessoas com pulseira que estava se formando e tivemos que nos despedir da Carla. Ficamos lá torrando no sol um tempão quando a Koi chegou com um bolo para a Iara, que estava fazendo aniversário (que honra fazer aniversário no dia do show hein?). O que dizer, foi um momento lindo. Cantamos parabéns para ela, as pessoas ficaram olhando, mas vários parabenizaram também. Dividimos refrigerante e bolo com todos também, e o que restou demos para os staffs da Noix que agradeceram. Posso dizer que chamamos bastante atenção no Chile, em vários momentos o pessoal filmava a gente, ou pedia para tirarem fotos. Mesmo na fila mostrávamos muita animação, além das pessoas lá já parecerem simpatizar com Brasileiros naturalmente. Enfim, a tarde chegou o momento de se organizar a fila e nesse momento reparamos que estavam cheios de policiais na rua, havia inclusive um caminhão de água para deixar o recado para a gente de que se houvesse algum tipo de tumulto eles poderiam nos ensopar, embora várias pessoas provavelmente estivessem pedindo por aquilo, já que estava muito calor. Vimos ambulâncias chegando para socorrer pessoas que sucumbiram aquele calor em meio a multidão ali fora. Por segurança eu até coloquei um pacotinho de sal no meu bolso para se eu sentisse minha pressão caindo (e cheguei a colocar aquele sal embaixo da língua nos momentos de muito calor para não acontecer nada). E finalmente, cerca de 18:00 começamos a entrar no teatro. Confira agora mais algumas fotos e depois o livereport propriamente dito!!:


Fotos: O pessoal Brasileiro com o banner de presente para o VAMPS no dia do show / A animação do público em frente ao Caupolican no dia do show. Note o camera ali filmando tudo. / Um banner que havia na frente do Caupolican. Foto do dia 05/11

O SHOW
Entramos, fomos revistados, e assim que estava liberado para continuar vejo a Sara gritando “corre gente” e todos saímos correndo para ficar o mais na frente possível. E foi entrando que realmente comecei a pensar “wow, estou num show do VAMPS”, ao observar aquela linda bateria com o logo do BEAST arrumada no palco, além da boca do VAMPS gigante ao fundo. Mas talvez o que me fez cair à ficha “eu vou ver o HYDE” foi quando eu olhei para o pedestal do microfone. Imaginem minha surpresa, e minha risada ao ver a altura em que estava aquilo. “Realmente, o HYDE deve ser muito baixinho!”, pensei. Estávamos todos bem na frente, mas de repente foi havendo um acumulo cada vez maior de pessoas, e ainda faltando quase duas horas para o show. Foi quando se instalou o caos, eu não conseguia nem me mover direito e era empurrado para todos os lados. As pessoas ali eram carregadas de um lado por outro e não adiantava pedir para parar. Eu sinto que agüentaria ficar ali o tempo todo, porque não estava passando mal nem nada, mas parei pra pensar e concluí que não iria aproveitar o show dali, afinal nem me mexer eu conseguia. Foi quando eu resolvi sair e ir para trás onde não havia aquela bagunça. Algumas pessoas como o Andrey e o Niki já haviam saído de lá, então me encontrei com eles. Logo depois a Ana saiu também. Vimos uma moça vendendo Pepsi ali no local e corremos para comprar. Aquela Pepsi foi como a melhor bebida que já tomei na vida por que eu estava com muito calor depois de passar por aquela situação uns minutos atrás. Não demorou muito e Iara desistiu também, saindo de lá a ponto de passar mal, mas ela se recuperou depois de beber Pepsi (e eu aproveitei para comprar mais uma). Foi quando ouvimos uma voz num microfone, era a de Gonzalo avisando para as pessoas não empurrarem, que faltava um tempo ainda para o show, e essas coisas, meu Espanhol não permitiu distinguir muito do que foi falado. Houve também o recado de que seria ali gravado um DVD da turnê. Um pouco mais tranqüilos ali atrás, mas ainda com uma ótima visão do palco, observamos quando alguns staffs iam ao palco, o que já foi uma experiência mágica por que vários deles apareceram em DVDs do L’Arc, do HYDE, enfim, de certa forma eles também faziam cair a ficha de que aquilo era real. Algumas músicas que eu sequer reconhecia iam tocando de fundo e eu já ia dançando devagarzinho ao som delas, entrando no clima do show que em breve começaria. Não demorou muito e a voz de Gonzalo voltou para nos avisar que faltavam CINCO minutos para começar! O público foi ao delírio, e eu também comecei a ficar extremamente agitado. Passados esses minutos restantes a luz se apagou. Nem preciso dizer a gritaria que irrompeu nesse momento por todo o teatro, e de repente começou a tocar ao fundo:
 
- PLUG IN: Enquanto PLUG IN passava ao fundo os membros começaram a entrar um a um, começando com Jin, Arimatsu e Ju-ken. Eu nem prestei muita atenção porque o que mais me interessava mesmo era a minha primeira visão do HYDE que eu sabia que era o último. De repente entrou KAZ e atrás dele vinha ELE. HYDE entrou andando normalmente e depois levantou os braços fazendo o “V” característico do VAMPS com os dedos. Estava com um capuz na cabeça e com o peito e a barriga a mostra. Ele veio pelo lado esquerdo do palco, bem onde eu estava, então pude ver muito bem. Admito que me descontrolei um pouco nesse momento, junto com a Ana do meu lado. Eu gritava “é o HYDE é o HYDE” e ela falava algo como “ele está ali, o HYDE está ali na nossa frente”. É uma visão que nunca mais vai sair da minha cabeça, o momento em que vi meu ídolo pela primeira vez, a poucos metros de mim. Foi mais uma das minhas realizações, e a que mais esperava. Todos se posicionaram em suas respectivas posições, PLUG IN terminou, deu-se uma pequena pausa e eis que o show começa!

01. DEVIL SIDE
A introdução de DEVIL SIDE já causou um impacto muito forte. Os instrumentos a toda altura junto com o público que gritava se combinaram formando um dos sons mais alto que ouvi em toda a minha vida. Todos, absolutamente todos lá dentro começaram a cantar junto com HYDE os “uh uh uuuh” iniciais, inclusive eu é claro. E quando a música começou dava para ouvir todos cantando “SHAKE SHAKE SHAKE ON THE FLOOR”, e pensamentos do tipo “é o melhor dia da minha vida” já vieram a mente. No final do refrão, na parte “CALLING FOR YOUR” HYDE subia nas caixas a frente e gritava “CHILE” e todos completávamos com o “DEVIL SIDE” da música. Mal a música terminou e em seguida veio:

02. SWEET VANILLA
 Assim que começou SWEET VANILLA meu corpo arrepiou por inteiro. HYDE estava em cima da caixa à frente do microfone enquanto a incrível introdução da música tocava, um pouco mais longa que a introdução no álbum. Eu me senti incrivelmente privilegiado nesse momento. Esta além de ser uma das minhas músicas favoritas, não havia sido tocada em nenhum outro show da turnê internacional, e se bem me lembro, foi tocada uma única vez na turnê do Japão. Logo depois do lindo solo rapidinho de baixo seguido pela introdução da música novamente o Bruno me levantou e eu fiquei mais alto que todo mundo ali na arena! Balançando minha bandeira do Brasil eu tentava chamar a atenção do HYDE a todo custo. Não sei se ele chegou a me ver nesse momento (bom, ele deve ter notado, não é cego), mas ao menos o Ju-ken, que estava bem na minha frente, não tem como não ter visto. 

03. IT’S SAD
Tão logo começou a introdução clássica ao vivo, HYDE fazia suas caras e bocas sexys, terminando por subir na caixa em frente ao microfone e tocando as primeiras notas com uma expressão séria. Uma das músicas que mais gosto ao vivo, foi nesta que eu cheguei pertíssimo do HYDE pela primeira vez, já que ele tinha o microfone do meio, o do Ju-ken e o do KAZ para poder cantar, então ele se movia bastante de um lado a outro. Quando ele foi para lá as pessoas simplesmente pulavam para tentar chegar mais perto, inclusive eu. Não tenho certeza se foi nesta parte já, que as pessoas ficavam jogando coisas no palco e uma toalha atingiu o rosto do HYDE, ele inclusive estava bem na minha frente, mas não pareceu atordoado pelo objeto, só sacudiu um pouco o rosto. Aqui novamente o Bruno me levantou, e novamente eu provavelmente fui visto pelo HYDE, que estava no meio do palco (pelo Ju-ken eu garanto que sempre fui visto, já que ele ficava mais do lado esquerdo mesmo). Admito que eu cantava dando o meu máximo, e realmente espero aparecer no DVD cantando essa música, quem sabe né. Além disso, ao final desta aqui eu já estava me sentindo acabado. Estava extremamente cansado, de tanto cantar e pular, por isso eu pensava que seria ótimo se viesse uma lenta depois dessa, mas eu sabia que o que viria antes era um MC.

-HYDE MC-
Antes do MC as pessoas ficavam gritando “mijito rico lalalalala” que eu não fazia idéia do que era, e pelo jeito a banda também não. HYDE ficou com um sorriso tímido e cara de “o que está acontecendo?”, mas foi só ele abrir a boca no microfone que a cantoria “mijito rico” se transformou em gritos histéricos. Pesquisando mais tarde descobri ser uma expressão Chilena usada para pessoas bonitas, e bom, o HYDE realmente é muito bonito, ainda mais ao vivo, então a expressão foi muito apropriada. Não lembro exatamente o que ele disse e o que aconteceu, até porque eu não entendia nada do que estava sendo dito. Mas ainda não foi esse o MC característico da world tour, porque isso foi mais para frente (quem não sabe do que estou falando vai saber). Só lembro que eu gritava muito e não tirava os olhos do HYDE nem um único segundo. Depois de ouvir e não entender nada começou:

04. THE PAST:
Antes de HYDE terminar de falar a introdução de THE PAST começou. Essa é uma das músicas mais interessantes de se ver ao vivo até para se admirar a voz do HYDE, linda como sempre. Também não é uma música que você pule sem parar, então eu meio que cantei e dancei loucamente, quase em transe e com os braços para cima. Foi cansativo do mesmo jeito porque na hora do refrão eu ainda pulava um pouco, ao mesmo tempo em que cantava gritava. Além de não tirar os olhos do HYDE por um segundo sequer, afinal seriam apenas duas preciosas horas em que eu poderia admirá-lo ali na minha frente. 

05. SECRET IN MY HEART
Tão mal terminou THE PAST a introdução de SECRET IN MY HEART se iniciava. Lembrando das apresentações dessa música ao vivo procurei dançar da mesma forma que o HYDE, fazendo um jogo com os braços durante o refrão (assim: http://youtu.be/c8zwtmj5Lh0 ). Mais uma música que não esperava ver ao vivo, porque embora tenham tocado em outros shows da world tour, achei que depois de THE PAST viria EUPHORIA. Foi mais uma música que embora eu devesse descansar eu acabei cantando e agitando.
Ao fim de SECRET IN MY HEART as luzes ficaram escuras e uma lenta melodia começou a tocar. Lembrando que tanto EVANESCENT quanto SWEET DREAMS tinham introduções ao vivo desse tipo ficamos nos perguntando que música seria. Qualquer que fosse era muito esperada. Mas após Arimatsu começar a tocar a bateria sutilmente ficou claro que a próxima música seria:

06. SWEET DREAMS
Para onde eu olhava encontrava alguém chorando, inclusive do nosso grupo. Apenas levantei com uma das minhas mãos as pulseirinhas brilhantes que levamos enquanto mexia os braços de um lado para o outro apenas acompanhando a melodia e cantando. Percebendo todos emocionados a minha volta, resolvi me abraçar com o pessoal e estimulei todos a fazerem o mesmo, então todos nós abraçados cantávamos e nos envolvíamos pela linda balada que tocava, foi realmente especial. Talvez o momento mais especial de todos.

07. GET UP
Mas agora era hora de nos agitarmos novamente, porque sem pausa o show foi direto para GET UP. Sem me importar com cansaço nem nada eu cantei, pulei e quase chorei também. É a minha música favorita do BEAST então quando ela começou fiquei muito feliz, se é que era possível ultrapassar o nível de felicidade em que eu já me encontrava. Mais uma música para se admirar os vocais ao vivo, ao mesmo tempo em que cantava junto com ele linhas como “AH THE SEASONS NEVER LAST”. HYDE ficou o tempo todo no microfone do meio mesmo e cantou incrivelmente bem, foi mais um dos momentos em que pensei “este show está perfeito”. Além disso, é claro, foi muito legal ouvir todo o público cantando a música junto, principalmente na ponte em partes como “HELLO HELLO I CRY FOR YOU GET UP GET UP GET UP”.

08. VAMP ADDICTION:
Seguindo GET UP veio a agitada VAMP ADDICTION. A música tem um refrão bem marcante o que tornou essa música ao vivo bem interessante. Eu cantava os versos esperando pelo refrão, quando chegava o momento de pular loucamente. Essa era a única música que eu não sabia muito bem a letra, por isso tive que enrolar um pouco, e também economizei minha garganta aqui. Lembro que por algum motivo eu estava quase no meio do teatro, alinhado com o microfone do HYDE, e tive uma ótima visão. Fato é que do lugar que estava eu era livre para ir e vir e dançar, o que foi ótimo. 

09. DOLLY
Em seguida o começo característico de DOLLY já começou a tocar. HYDE como sempre nas apresentações ao vivo subiu nas caixas à frente e pulou de volta ao palco durante a introdução. No início o HYDE estava do lado direito, por isso ele estava meio longe de mim. A primeira parte até o refrão ele sempre esteve lá. Mas depois ele se concentrou mais pro meio e pro meu lado. Inclusive foi em um desses momentos que uma das cenas mais memoráveis do show para mim aconteceu. Fui levantado pelo Bruno mais uma vez, mas dessa vez com o HYDE ali, na minha frente. Eu cantando DOLLY com meu ídolo a pouco mais de um metro e meio de mim, dois no máximo, e ele todo esse tempo olhando para frente, ou seja, o que havia na frente dele era exatamente o que vocês estão pensando, era EU. Esse é o instante que mais vem à memória quando penso no show, eu cantando “BUILD A TOWER TALL AND STRONG, IT WILL BE BEAUTIFUL. USING OUR TECHONOLOGY BABEL WILL STAND ANEW” junto com o HYDE, e ele olhando para frente numa expressão séria. Eu REALMENTE espero que isso apareça no DVD de alguma forma, se fosse para escolher aparecer no DVD uma única vez, seria aqui, nessa música, nesses segundos. 

10. SAMSARA
As luzes voltam a se apagar e embora o público continuasse a gritar sem cessar a atmosfera se tornou muito mais calma. SAMSARA começou a tocar nos envolvendo em um momento relaxante, e também nos preparando para a música que viria em seguida. Aproveitei para apenas dançar, me levar pela melodia que se estendeu por quatro minutos ao invés dos rápidos dois minutos do álbum. Ao final todos ali já sabiam que agora seria:

11. MY FIRST LAST
Ao contrário do álbum em que SAMSARA acaba e então começa MY FIRST LAST, no show as duas músicas foram integradas de maneira espetacular. Depois de deixar escapar um “WOW” quando houve esta integração, foquei em balançar lentamente os braços em posse das pulseirinhas brilhantes e ao mesmo tempo ser levado pela linda melodia. A voz maravilhosa de HYDE foi o que me embalou nesses cinco e memoráveis minutos. 


- HYDE MC-
Passado um tempo as luzes voltaram a se acender e HYDE voltou a falar. Agora era o momento do MC clássico, no qual HYDE dizia “tengo hambre” (tenho fome) e “quiero comer Chilenas” (que não preciso traduzir né). HYDE repetiu também coisas como “puta madre” que nos fazia rir bastante. Foi nesta parte também que ele percebeu que havia um sutiã vermelho jogado ali logo abaixo dele. HYDE pegou o sutiã, cheirou, e depois o colocou na cabeça, nem preciso dizer sobre os gritos histéricos e as risadas que se sucederam com isso. Depois ele começou a gritar “WHERE IS MY LAMB?” já deixando claro qual seria a próxima música, repetindo isso várias vezes anunciando:

12. HUNTING
HUNTING pode até não ser lá tão interessante de se ouvir no álbum, mas ao vivo é totalmente insana. HYDE corria de um lado para o outro, rebolava, enquanto você ouvia todo o público gritando “HI HO LET’S HUNT”. Foi nesse momento que cometi uma leve heresia, que foi a de correr para um vendedor de Pepsi um pouquinho afastado, e acabei tirando os olhos do HYDE por um breve instante, além de ter parado de pular. Mas foi só comprar que voltei a gritar e pular mesmo com a Pepsi em mãos. Não me arrependo porque foi isso que me deu energia para as músicas que viriam a seguir.  

13. ANGEL TRIP
A animadíssima ANGEL TRIP começou e eu já preparei minha bandeira. Essa música realmente tem o poder de deixar as pessoas leves e felizes, e foi o que aconteceu. Com a Pepsi mais a atmosfera eu pulava e girava minha bandeira do Brasil para jogar para cima na parte que dizia “ALRIGHT!” no refrão. Reparei também em outras pessoas fazendo o mesmo, como havia sido combinado no fórum internacional. No meio da música, quando HYDE fala “let’s sneak away from the party, just us two” a música parou, ele foi até o meio do palco, esperou um pouco para daí falar. Li por aí que ele disse isso em Espanhol, mas agora eu realmente não me lembro. 

14. TROUBLE
Ao fim de ANGEL TRIP as luzes começaram a piscar nas mais variadas cores e Ju-ken começou a bater palmas no ar, TROUBLE estava para começar. HYDE perguntava a nós “lo pasan bien?” ou algo assim, e depois retornava falando “no escucho”. Também fomos estimulados a gemer e gritar com ele. Primeiramente ele gemia um pouco, para a gente fazer o mesmo, e depois foi gritando cada vez mais alto, e por mais tempo. Foi basicamente de “aaah” para “AH AH”, depois “EEEEH EEEEEEEEI” e assim por diante. Quem já viu uma apresentação de TROUBLE ao vivo sabe que é talvez a mais divertida de qualquer show. Todo o público cantando a letra hilária da música e pulando enquanto Ju-Ken girava e girava, luzes roxas e laranjas iluminavam o palco e HYDE rebolava e cantava ao mesmo tempo. 

15. LIVE WIRE
Um cover seguido por outro cover. LIVE WIRE é mais uma música com muita interação com o público, digamos assim, já que cabia a nós cantarmos a parte “CAUSE I’M ALIVE” do refrão. Na verdade eu acabava cantando tudo mesmo, enquanto prestava atenção na voz do HYDE, que é impressionante nessa música. Interessante que quando a música acabou a banda parou um pouco, passaram-se uns segundos e então eles deram uma finalização completa. 

16. SEX BLOOD ROCK N’ ROLL
As batidas iniciais tocadas por Jin levaram a um reconhecimento imediato de que uma das músicas mais agitadas do show estava para começar. Foi realmente lindo ver todos cantando junto com o HYDE “WE’RE JUST KIDS COMING HERE TO PLAY...”, fora na segunda vez em que primeiro o público cantou sozinho esta parte para depois o HYDE retornar e voltar a cantar. “SEX BLOOD ROCK N’ ROLL”, o lema do VAMPS, digamos assim percorria todo o teatro enquanto KAZ rodava a guitarra pelo seu corpo diversas vezes e HYDE ia de um lado ao outro e rebolava. Ao termino dessa música toda a banda deixou o palco, e é claro que iríamos chamá-los novamente. 

-ENCORE-
Como também foi combinado no fórum internacional, chamamos a banda com todos gritando a linha “BANG ON STOMP EVERYBODY”. Com excelente sincronização todos batiam palma e batiam os pés, chegando a fazer o chão tremer. Eu já estava com a garganta doendo nessa hora, mas não parei de gritar com o resto do público um segundo sequer. Não demorou muito até que o VAMPS adentrasse o palco novamente. 

- KAZ e HYDE MC –
KAZ primeiramente veio ao microfone e falou timidamente algumas coisas e depois “Chi Chi Chi” ao qual o público prontamente respondeu “Le Le Le VIVA CHILE” (quem viu o resgate dos mineiros Chilenos com certeza ouviu isso bastante também). Terminou dizendo mais alguma coisa totalmente indistinguível para mim, mas de qualquer modo era só gritar que tudo ficava bem. Depois HYDE veio falar, e para variar não entendi nada dele também. Ele foi outro que também chamou o público a completar seu “Chi Chi Chi Le Le Le”. Depois ele pegou uma toca que haviam jogado no palco e colocou na cabeça fazendo um sorriso tímido e um pouco de cara de “me adotem”. Nesse tempo também o público do Chile gritava muito, gritavam coisas como “OLE OLE OLE OLE CHILE CHILE”. Quando finalmente voltou a falar, HYDE anunciou “next song, MEMORIES”. 

17. MEMORIES
Admito que esta não era uma das minhas músicas favoritas do BEAST. Eu até gostava, mas não fazia questão que tocassem (mas é claro que nas circunstâncias eu não reclamava de nada). Porém fiquei impressionado com a apresentação ao vivo. Cheguei inclusive a me segurar para não chorar devido a emoção provocada pela música no momento. Só me restava mais uma vez levantar os braços e cantar junto com o HYDE e o que sobrou da minha garganta. Depois do show posso dizer que MEMORIES já é uma das minhas favoritas! 

18. LOVE ADDICT
Assim que KAZ começou a brincar com as notas iniciais de LOVE ADDICT, HYDE já correu para a esquerda (meu lado!) para rebolar um pouco. Eu acabei perdendo o momento que HYDE se deslocou para lá por algum motivo, mas quando o vi já tentei correr para o mais perto possível e também fiquei vidrado enquanto ele dançava a nossa frente. Depois dessa brincadeira LOVE ADDICT finalmente começou e HYDE foi andando lentamente para o centro do palco e eu fui o acompanhando. Não sei o que passou na minha cabeça na hora, mas acabei tocando uma guitarra imaginária da introdução da música. Juro que nessa hora tive a impressão de que o HYDE estava me olhando e até soltou um sorriso ao me ver fazer aquilo, e por mais que se pense “é óbvio que todo mundo acha que foi visto por ele” prefiro ficar com a ilusão de que ele realmente estava. Talvez a música que o público mais sabia de cor, a variação do refrão indo para “RIDE ON TIME, LET GO, RIDE ON TIME, LET GO” gerou uma espécie de coreografia muito divertida. LOVE ADDICT, a primeira música do VAMPS faz jus a idéia do HYDE de que esta é uma banda para se ver ao vivo.

19. REVOLUTION
“BANG ON STOMP EVERYBODY”, foi assim que HYDE começou a chamar o público a gritar com ele, e desse modo foi por um tempo, enquanto ele ia de lá para cá dançando e rebolando. Num momento ele pegou uma bandeira com mensagens para o VAMPS e ficou passeando com ela pelo palco, e a gente ainda gritando “BANG ON STOMP EVERYBODY”. Talvez a música que mais animou o público no show, notei muitas pessoas, além de mim cantando junto “LET’S BREAK AWAY CHAINS ARE UNLOCKING YOU HAVE SO MANY WAYS. HEY DON’T WORRY CHASING YOUR CALLING YOU CAN GO ANYWHERE”. Novamente a música passou por uma pausa para que gritássemos “BANG ON…” e nesse momento pedi para o Bruno me levantar novamente. No alto e junto com minha bandeira do Brasil eu tentava chamar a atenção do HYDE. Ao fim de REVOLUTION ao mesmo tempo em que bateu um sentimento de tristeza por estar chegando ao fim, ainda mantinha a emoção do momento porque a próxima seria a última:

20. MIDNIGHT CELEBRATION
O marco final da maioria dos shows do VAMPS, na introdução de MIDNIGHT CELEBRATION, HYDE gritava “Chile” e até mesmo “adios” em meio a outras palavras indecifráveis. KAZ girou sua guitarra e então “I KNOW WHAT I’VE SEEN, MIDNIGHT CELEBRATION”. Antes ainda do primeiro refrão em “I PLAY YOU OBEY” HYDE abaixou sua jaqueta deixando à vista as tatuagens de espinhos nos dois braços. Apesar do cansaço e da garganta doendo resolvi me entregar sabendo que era a última música então aproveitei da melhor maneira possível. Ao final fiquei com a figura imponente do HYDE cantando sem a guitarra e em cima das caixas. Assim que acabou a música eles agradeceram e KAZ foi para o nosso lado jogar água, Ju-ken ficou jogando alguma lembrancinhas que não sei o que eram, além de levantar uma bandeira do Chile jogada no palco e HYDE andava distribuindo beijos. Por fim a última visão que tive de HYDE foram suas estonteantes tatuagens de asas. Embora eu tenha visto diversas imitações dela no Chile, várias muito bem feitas, ali estava a original, a última imagem do meu ídolo na minha frente.

-Aconteceu também:
Entre os fatos que sei que aconteceram no show, mas não consigo me lembrar o momento:
- HYDE várias vezes no show jogava água no público depois tacava a garrafinha. Em uma dessas vezes a garrafinha chegou a bater na minha mão, mas não consegui agarrar. Em outro momento que ele jogou água uma parte acertou bem no meu rosto e foi ótimo.
- O mesmo para KAZ e Ju-ken, que também jogaram água e também chegaram a me acertar com ela.
- Ju-ken parecia reparar quando eu levantava a bandeira do Brasil e a sacudir.
- Ju-ken várias vezes se abaixava e tocava o pessoal logo ali na minha frente. Eu não conseguia alcançar.
- Se eu não conseguia alcançar quando o Ju-ken tocava nas pessoas a frente, quando o HYDE o fez muito menos. Eu até esticava o braço, mas ainda estava muito longe. E foi com o braço esticado que eu fiz  meus cálculos de “estou a um metro e meio do HYDE aproximadamente”, mas admito que devia ser um pouco mais, dois metros talvez.

Logo depois do show as pessoas começaram a sair e nós ainda ficamos lá um tempo. Fomos fotografados por uns Chilenos e pelo staff do show, bem como filmados. Chegamos a deitar no chão e a nos abraçar por estarmos juntos naquele momento. Muitos choravam e sorriam e a sensação que ficava era a de que por mais cansados que estivéssemos se o VAMPS retornasse para mais 20 músicas todos nós agüentaríamos. Logo tivemos que sair do teatro por pressão dos staffs, e no momento da saída eu acabei me cortando com a antena de um carro que estava ali à frente. Aproveitei para usar minha bandeira do Brasil para enrolar o ferimento que sangrava um pouco. De certa forma estou esperando que vire uma cicatriz para que fique marcado que aquele machucado veio do momento que saí de um show do VAMPS, mas acho que não vai acontecer. Saindo de lá fomos direto pra saída de automóveis do Caupolican para esperar a banda sair, porém os staffs lá insistiam que a banda já havia saído. Se saíram ou não eu não sei, mas resolvemos não esperar porque ainda iria demorar muito tempo para carregarem um caminhão que estava parado lá. Encontramos um grupo de Chilenos que também foi no show e que nos convidaram para ir a um bar com eles, voltamos para o hotel rapidamente e fomos. Eu sinceramente estava acabado, minha garganta doía, não tinha mais voz e meus ouvidos estavam tampados e com um zunido alto e indefinido. Por causa disso acabei não ficando muito tempo lá, só bebi e comi alguma coisa e retornei para o hotel onde conversei com o pessoal que estava lá sobre o show e depois fui dormir com uma mistura de um sentimento de felicidade e tristeza. 

07 de novembro de 2010
Não há muito o que falar. Acordei cedo e peguei uma van para o aeroporto com uma parte do pessoal. Infelizmente não teríamos tempo de ver o VAMPS indo embora porque nosso vôo era as 13:30 e o deles as 20:00. Voltamos ao Brasil e em São Paulo eu tive que sair correndo para pegar o meu vôo para Curitiba dentro daquele aeroporto enorme. No percurso Curitiba – São Paulo acho que a ficha caiu totalmente e foi quando eu acabei chorando um pouco. Tentei disfarçar é claro, mas acho que perceberam. Chegando aqui chorei ao som de SWEET DREAMS e voltei para casa, foi o fim desta viagem que está marcada em mim para o resto da minha vida. Tanto pelas maravilhosas pessoas que conheci, quanto pela oportunidade de ver meu ídolo de pertinho. É difícil voltar a vida real depois dessa experiência e encontrar o HYDE novamente, seja no VAMPS, seja no L’Arc, é algo que quero poder realizar o mais rápido possível. Obrigado VAMPS por tornar esse sonho realidade. Obrigado as pessoas que compartilharam esses momentos comigo! Esta viagem já está guardada no fundo da memória como um dos momentos mais felizes da minha vida.

Mais fotos: 

 Fotos: No dia de ir embora, na recepção do hotel. / Já em casa foto dos produtos que comprei, incluíndo a versão Chilena do BEAST. / Quarto do hotel em que fiquei com o Bruno, Niki e Rafa.

Foto extra, do corte que fiz ao sair do Caupolican ao final do show, coloquei como link porque vai que alguém não gosta de ver né (mas não tem nada demais): http://bit.ly/9Qsyb7
Fotos do show você encontra aqui: http://bit.ly/dxz4Tj
Outras fotos do show e backstage podem ser encontradas no twitter oficial do VAMPS aqui.
E agora, através de vídeos clandestinos print screens de momentos no qual eu me achei. no show. Sou o marcado em vermelho:



18 comentários:

Anônimo,  9 de novembro de 2010 às 15:56  

Laura: Pedro, olha essas fotinhas http://www.bizarro.cl/anteriores/6-pop/35-vamps.html

Niki 15 de novembro de 2010 às 01:42  

O Live Report ficou muito bom fez um filme passar na minha mente desses 4 dias em Santiago.
Obrigado pela as lembranças

Natalia,  15 de novembro de 2010 às 01:51  

adorei Pedro!
seu LR me fez relembrar o dia mais lindo da minha vida!
só posso dizer que foi uma honra ter vivido essa experiência maravilhosa junto de vc e de todo o pessoal!
bjos!!!

Anônimo,  15 de novembro de 2010 às 03:27  

oh... pensei q tinha mais depois xD Outro dia leio a parte voo-passeio pelo chile 8DDD

Anônimo,  15 de novembro de 2010 às 03:31  

Bruno: Cara, excelente o live report!!!
Foi muito bom ter conhecido vc e o resto da galera ao vivo, mto show mesmo!!!!

E é como o Niki falou... passou um filme na cabeça ao lembrar de tudo isso...

vlw

Anônimo,  15 de novembro de 2010 às 13:33  

Nossa deve ter sido lindo!!!!! *OOOOOOOOOOOO*
Mas q fin levou o banner? N falou nada dele...

Pe. 15 de novembro de 2010 às 14:04  

Obrigado a quem leu ^^
Que fim levou o banner? Ah, na entrada do teatro tinha um lugar para presentes, então foi pra la...como não fui eu que deixei eu nem lembrei de falar :o

Leandro,  15 de novembro de 2010 às 18:22  

Nossa, muito bom o live report pedro, deu pra ver um pouco de como foi bom o show e a estada de vcs por lá.

Invejona de vcs que puderam ir ;__;

Iara NM 15 de novembro de 2010 às 21:27  

Pedro, mais que um live report, é um trip report desses dias especiais, "fez um filme passar na minha mente desses 4 dias em Santiago." [3]
Adorei!!!
Espero passar por mais momentos assim com esse grupo, seja qual for o país escolhido, rsrsrs
;**

Felipe,  15 de novembro de 2010 às 21:38  

Pedro muito bom mesmo cara!!!!!
Me veio todos os momentos que passamos lá inclusive alguns que eu não lembrava quando o cara olhou minha camiseta e perguntou:
Skateboard??

Iara NM 16 de novembro de 2010 às 01:31  
Este comentário foi removido pelo autor.
Iara NM 16 de novembro de 2010 às 01:41  

Passei para ler o post de novo. Tô tão nostálgica. Se não fosse você, Andrey, Salgado, Ana, Niki e a Pepsi, eu não teria conseguido recuperar as forças e aproveitado o show desde o início. Thanks! ^^

Que festa de aniversário!!! *-* E todos os convidados arrasaram. Chorei muito no dia 6. The best gift ever.

JeeH'Moreeiraa. 16 de novembro de 2010 às 22:00  
Este comentário foi removido pelo autor.
JeeH'Moreeiraa. 16 de novembro de 2010 às 22:01  

*-*
aiin *emocionadaa*

quee fooda !!

*Sweet Dreams - chorei leembrando daquele momeento.

Sankyu miinah! voocs são incriiveeis. Obg poor compartiilhar esse momento comiigoo.

♥'

Anônimo,  18 de novembro de 2010 às 20:54  

By: luka
Adorei seu Live report, li tudinho ,mesmo não curtindo vamps ,mas amo³²³²³ larc.
depois disso vou procurar mais sobre a banda pois so conheço algumas musicas.
fico feliz pra caramba leio essas experiencias, me sinto como se tivesse ido tb.
é bom demais poder realizar esses sonhos e realmente ficam marcados na vida da gente.

uma pergunta :quanto voce pagou em cada camiseta poster etc? imagino q seja meio caro.

ahhh sim ! quanto o hyde tem de altura mais ou menos?pq ele parece ser muiiiito pequeno.

Ana,  19 de novembro de 2010 às 17:55  

Nossa, Pedro, só li agora. Ficou ótimo, parabéns!!! =D
Que saudade de tudo que passamos nesse show! Ri de quando você comenta que nós dois meio que nos desesperamos quando o hyde entrou! hahsiauhsiuhaa
É a pura verdade, eu confesso! XD

Anônimo,  23 de novembro de 2010 às 02:39  

Nuss...Pedro, me arrepiei com esse LiveReport. *Inveja Feeling* ;____________;

JGabriel

Pe. 23 de novembro de 2010 às 11:18  

Pessoal, muito obrigado a quem leu!! :D
Ah,luka,quanto ao preço...eu não lembro direito sabe...pq era tudo em pesos chilenos daí eu não sei direito converter pra real, mas não era tão caro não...só um pouquinho XD

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